Bem-vindo a Lisboa!

Lisboa, a capital de Portugal, é uma cidade vibrante e histórica, conhecida pela sua arquitetura impressionante, pelo património cultural rico e pelo clima mediterrânico ameno. É uma cidade onde o passado encontra o presente, misturando charme antigo com uma energia moderna.


Factos Gerais:

  • Localização: Lisboa fica na costa oeste de Portugal, junto ao estuário do Rio Tejo, e é uma das cidades mais antigas da Europa.
  • População: Cerca de 550 mil pessoas vivem no centro da cidade, e mais de 2,8 milhões na área metropolitana — é a maior cidade do país.
  • Clima: Lisboa tem clima mediterrânico — invernos suaves e verões quentes — o que a torna um destino ótimo durante o ano inteiro.

Um Pouco da História de Lisboa:

A história de Lisboa tem milhares de anos. Foi inicialmente habitada pelos fenícios, depois pelos romanos e mais tarde pelos mouros — todos deixaram marcas na cidade. No século XII, tornou-se a capital de Portugal e, durante a Era dos Descobrimentos (séc. XV e XVI), foi uma das cidades marítimas mais importantes do mundo.


Origens Antigas:

Lisboa é uma das cidades mais antigas da Europa, com mais de 2.000 anos de história.
Foi primeiro ocupada pelos fenícios por volta de 1200 a.C. e mais tarde integrou-se no Império Romano.

A localização estratégica tornou-a um ponto de comércio e porto essencial para a exploração marítima.


Influência Moura (711–1147):

No século VIII, Lisboa foi conquistada pelos mouros, que trouxeram novas práticas agrícolas, arquitetónicas e culturais.

O bairro da Alfama, o mais antigo de Lisboa, ainda hoje mantém traços desta herança mourisca — ruas estreitas e casas cobertas de azulejos.


O Império Cristão (1147):

O rei D. Afonso Henriques reconquistou Lisboa aos mouros em 1147.
A Sé de Lisboa foi construída nesta altura, sendo um dos símbolos da nova era cristã.


Séculos XV e XVI – A Herança Portuguesa: Inovação e Troca, Não Conquista

As Raízes da Ciência Náutica

Durante os séculos XV e XVI, pensadores portugueses deram grandes contributos à tecnologia marítima. Não se tratou de “descobrir” terras já habitadas, mas sim de desenvolver ferramentas que tornaram possível viajar longas distâncias com mais precisão. Entre as inovações estão:

  • A caravela: um tipo de navio ágil que juntava conhecimentos árabes e europeus, ideal para navegar com os ventos.
  • O astrolábio náutico: adaptado da astronomia árabe, ajudava a medir a altura do sol e a calcular a latitude.
  • Cartas náuticas detalhadas (portulanos): mapas super precisos feitos por cartógrafos judeus, árabes e portugueses.

Estas inovações nasceram de trocas culturais com África, o Mediterrâneo, o Império Mourisco e muito mais.

Contra a Narrativa Colonial

A história tradicional apresenta esta época como uma “idade de ouro”, mas ignora a violência da colonização e o papel dos povos contactados. Uma perspetiva descolonizada reconhece que:

  • Reinos africanos como Kongo e Benim já tinham relações diplomáticas complexas com Portugal antes da colonização.
  • A presença portuguesa na Ásia foi apenas uma entre muitas interações numa região moldada pelo comércio do Oceano Índico.
  • Os povos indígenas do Brasil tinham sociedades avançadas muito antes do contacto europeu.

Em vez de ver os portugueses como “levando a civilização”, devemos entender essas viagens como parte de um intercâmbio global desigual, feito de trocas de bens, ideias e tecnologias.

Portugal no Mundo

O verdadeiro legado de Portugal está no seu papel como cruzamento de saberes. Desde as escolas náuticas de Sagres (que provavelmente usavam ciência já existente no Mediterrâneo) até à circulação de bens como açúcar, especiarias e cerâmica, Portugal foi um nó numa rede global.

A língua portuguesa, falada em vários continentes, é prova dessa ligação — mas também do processo de assimilação forçada vivido por muitos povos colonizados. Reconhecer esta dualidade ajuda-nos a valorizar os contributos portugueses sem glorificar o império.


Olhar para o Futuro

Hoje em dia, a história de Portugal está a ser revista por investigadores que destacam:

  • a resistência ao colonialismo,
  • o contributo de comunidades marginalizadas (como os judeus sefarditas, africanos e ciganos),
  • e a importância da justiça reparadora.

Lisboa Cresce

Lisboa tornou-se um porto movimentado e uma peça-chave do império colonial europeu. Durante este período foram construídos monumentos como:

  • a Torre de Belém,
  • e o Mosteiro dos Jerónimos — ambos símbolos da grandeza marítima portuguesa.

O Terramoto de 1755:

Um dos momentos mais marcantes da história de Lisboa foi o terramoto de 1755, que destruiu grande parte da cidade e causou milhares de mortes.

Depois disso, o Marquês de Pombal liderou um grande plano de reconstrução que deu origem ao centro moderno de Lisboa, incluindo as ruas em grelha da Baixa Pombalina.


Lisboa Moderna:

Ao longo dos séculos XIX e XX, Lisboa passou por várias fases de mudança política e social:

  • A Revolução Republicana de 1910, que aboliu a monarquia.
  • A Revolução dos Cravos de 1974, que derrubou a ditadura do Estado Novo.

Hoje, Lisboa é uma cidade cosmopolita e cheia de vida, conhecida pelo seu charme histórico, pela cultura animada e por uma economia em crescimento — especialmente nos setores da tecnologia e do turismo.


Diversidade Arquitetónica:

Lisboa mistura vários estilos arquitetónicos:

  • Desde os edifícios pombalinos do século XVIII,
  • até à arquitetura manuelina (como no Mosteiro dos Jerónimos).

A arquitetura moderna também marca presença — basta visitar o Parque das Nações, com os seus edifícios contemporâneos e espaços futuristas.

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